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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Mulheres comandam 29% dos negócios no RS, indica pesquisa

Do G1 RS

Chef gaúcha acredita que as mulheres estão perdendo o medo de competir.
Pesquisa indica aumento da participação feminina nos negócios.

Juliana faz parte das mulheres que comandam 29% dos empreendimentos no Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/RBSTV) 
Juliana faz parte das mulheres que comandam 29% dos negócios no RS (Foto: Reprodução/RBSTV)

A chef de cozinha Juliana Corrêa faz parte de um grupo de empreendedores que vem crescendo no Rio Grande do Sul: as mulheres. E ela investiu em um negócio oróprio, abriu as portas e atualmente é reconhecida pelo trabalho. Dados de um levantamento feito pelo Sebrae com base na Pesquisa Nacional para Amostra de Municípios de 2011 do IBGE mostram que as mulheres representam 29% dos empresários no estado. O dado fica um pouco abaixo da média nacional, que é de 31%.


"Hoje em dia, a mulher ganhar mais que os homens ainda gera um sentimento de ameaça, mas a realidade está mudando. Estamos perdendo o medo de competir com os homens no mercado de trabalho como um todo. No meu caso todos os melhores chefs de cozinha do mundo são homens", diz Juliana, que já sentiu dificuldades por ser mulher.

Na Região Sul do país, 52% dos negócios com até 3,5 anos de atividade estão nas mãos das mulheres. O índice é destacado pela pesquisa As Mulheres Empreendedoras do Brasil. Ao todo, o Brasil conta com 7 milhões de mulheres à frente de um empreendimento próprio em atividade.

No caso de Juliana, ela não quis apenas cozinhar para eventos e resolveu trazer as pessoas para o espaço que ela mais adora: a cozinha. A proposta da empresária é de expandir os negócios, apostando em aulas de gastronomia e na possibilidade de lançar uma linha de alimentos para quem pratica atividades físicas.

Para a chef, o segredo para atingir o sucesso não se resume apenas a recursos financeiros.  "Você tem de meter a cara. Eu não tinha dinheiro e vendia mousse de chocolate e pizzas para pagar meus cursos. Ia e voltava das aulas de bicicletas para economizar e, com o lucro que eu tinha, fui investindo na estrutura que precisava ter. As pessoas precisam tirar essa barreira do ‘ter dinheiro’ e colocar o ‘ter vontade’ em primeiro lugar”, explica.

Empresas dirigidas por mulheres têm maior duração no mercado brasileiro

A conquista de espaço realizada pelas mulheres pode ser comprovada em números. Em 2001, 59% das empresárias brasileiras complementavam a renda do marido no orçamento familiar. Uma década depois, o percentual caiu para 50%, enquanto que as taxas das donas de negócio que são chefes de domicílio subiram de 27% para 37% no mesmo período. Entre 2001 e 2011, a quantidade de mulheres liderando empreendimentos passou de 29% para 31% do total de empresários no país.
Outro dado relevante apontado pela pesquisa do Sebrae nacional é que as empresas comandadas por mulheres se mantêm mais no mercado que aquelas que são comandadas por homens. Na última década esta taxa subiu de 48% para 54% no número de empreendedoras com negócios em atividade há mais de cinco anos.

A pesquisa mostra ainda que a Região Sul está em terceiro lugar no índice de novos negócios que abriram pela identificação de uma oportunidade de mercado, com 74,1%. Em segundo está a Região Sudeste, com 73,9% e em primeiro a Região Centro-Oeste onde quase 85% dos novos negócios foram montados dentro deste molde.

Para o presidente do Sebrae RS, Vitor Augusto Koch, os números refletem a força da mulher no mercado de trabalho. “Estudos e pesquisas mostram que as mulheres demonstram comportamentos essenciais à liderança, uma das características fundamentais do empreendedor. Além disso, sua natureza mais adaptável e a capacidade para realizar várias tarefas ao mesmo tempo favorecem o alcance de bons resultados”, comenta.

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