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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

UFMA anuncia fim de manifestações, mas estudantes negam

Do G1 MA

 

Movimento de estudantes já dura oito dias.
Medidas acordadas serão apresentadas em duas entrevistas coletivas.

 

Pela manhã, estudantes interditaram entrada principal da UFMA (Foto: Biné Morais/O Estado) 
Pela manhã, estudantes interditaram entrada principal da UFMA (Foto: Biné Morais/O Estado)

Representantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) anunciaram um acordo para encerrar os protestos que reivindicam a instalação de uma Casa do Estudante no Campus do Bacanga, em São Luís. A informação foi repassada no início da tarde desta terça-feira (3) pela assessoria da UFMA. No entanto, alguns representantes do movimento afirmam que não houve consenso entre as duas partes.
Sobre o assunto, duas entrevistas coletivas foram realizadas na tarde desta terça. A primeira foi realizada em frente à construção da casa de Estudantes da UFMA, local em que os estudantes estão acampando desde a última terça-feira (26/11), com a presença de representantes do movimento. A segunda, confirmada pela assessoria da universidade, foi realizada pelo reitor Natalino Salgado, no Palácio Cristo Rei.
O movimento pelo funcionamento de uma Casa do Estudante dentro do Campus Bacanga, já dura oito dias.


Manifestação

Pela manhã, os manifestantes bloquearam a entrada principal da universidade. Todos os veículos, inclusive ônibus, foram impedidos de entrar na cidade universitária.
Os universitários queimaram pneus na entrada da UFMA. Como os veículos não entraram, muita gente entrou a pé na universidade. O objetivo do protesto era paralisar as atividades do campus de São Luís. A Polícia Militar acompanhou a manifestação distante.
"Tudo já foi conversado. A comunidade acadêmica já falou muito através de assembleias e de documentos, mas o que falta, realmente, é a compreensão do reitor", disse o estudante Dário Pinheiro.
Durante o protesto, eles também denunciaram as condições da casa mantida pela UFMA no Centro da capital. "Além de problemas de infraestrutura e problemas de higiene, há também o problema da segurança", disse o estudante Carlos André.
No fim da tarde o estudante Daniel Ribeiro, que realiza greve de fome, foi levado para o Hospital Universitário para uma avaliação médica.  Ao todo, são três estudantes universitários que adotaram essa forma de protesto.
Veja a íntegra da matéria no vídeo acima.
À noite, a UFMA encaminhou nota à imprensa, informando que adotaria algumas medidas emergenciais para o problema. Entre elas, alugar, temporariamente, "um imóvel para os estudantes que necessitarem, até que a UFMA consiga adquirir permanentemente outra residência no Centro Histórico da Cidade".
Veja a íntegra da nota:

A Administração Superior da Universidade Federal do Maranhão em respeito à comunidade acadêmica, vem esclarecer que:
1) Foi realizada uma reunião nesta terça-feira (3), às 9:30 horas, no Palácio Cristo Rei, entre representantes da OAB, da Defensoria Pública, Direitos Humanos da AL-MA, da Casa dos Estudantes, do Diretório Acadêmico dos Estudantes, do DCE, e os representantes da Procuradoria Federal junto à UFMA, Pró-Reitores e o Reitor, para resolverem o mais rápido possível a questão da Residência Estudantil na Cidade Universitária;
2) Durante a reunião, os procuradores federais junto à UFMA apresentaram os motivos jurídicos que não permitem que o prédio seja residência estudantil, assim como os motivos técnicos que foram apresentados por uma comissão de engenharia. Entre os fatores apresentados pelos estudantes é o fato do prédio ter sido construído, na gestão anterior de forma ilegal, sem passar pelo Conselho Universitário e sem ter orçamento para isso. Após essas considerações, o reitor Natalino Salgado Filho, voltou a informar que o prédio deverá abrigar o Centro Multidisciplinar de Assistência Estudantil, cujo objetivo é dar atenção integral aos estudantes tais como assistência médica, odontológica, psicológica, pedagógica e cultural.
3) Desta forma e para sanar estas questões, o reitor Natalino Salgado conversou com os estudantes a fim de encontrar uma solução rápida e que beneficie a todos. Durante uma longa conversa, a decisão mais sensata e emergencial foi a de alugar, temporariamente um imóvel para os estudantes que necessitarem, até que a UFMA consiga adquirir permanentemente outra residência no Centro Histórico da Cidade.
4) É importante ressaltar que somente agora, após 47 anos de existência, a UFMA cria oficialmente a residência universitária que passará a fazer parte do regimento geral da UFMA. Desta forma, o reitor baixou uma resolução ad referendum, criando uma residência universitária como uma unidade suplementar e órgão auxiliar da administração superior que vai para o Conselho Universitário. A resolução aprova e cria a construção de um imóvel destinado para a residência universitária dentro da Cidade Universitária , tal como os estudantes sugerem.
5) Por fim, visto que o prédio não tem condição nenhuma para ser transformado em Residência Estudantil já que o prédio está reformado para atender o Centro de Assistência Estudantil. Fazer reformas agora, acarretaria um grande problema administrativo para a UFMA, sem falar no gasto excessivo que uma decisão dessas acarretaria por conta da adequação dos espaços ainda em construção.

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