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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Mergulhador se emociona ao resgatar dois corpos amarrados em um só colete salva-vidas


  • ‘Comecei a chorar pensando que eles não queriam deixar um ao outro’, diz membro da equipe de resgate da balsa que afundou na Coreia do Sul

  • Estudantes da cidade mais afetada pela tragédia voltam às aulas

O Globo (Email)


Um menino segurando uma flor presta homenagem às vítimas do naufrágio na Coreia do Sul
Foto: KIM HONG-JI / REUTERS
Um menino segurando uma flor presta homenagem às vítimas do naufrágio na Coreia do Sul KIM HONG-JI / REUTERS
SEUL — Um menino e uma menina da balsa sul-coreana que afundou com centenas de pessoas amarraram as cordas de seus coletes salva-vidas, relatou um mergulhador que recuperou os dois corpos, presumivelmente para que eles não se separassem. Alunos da escola Danwon, onde estudavam a maioria das vítimas do naufrágio, voltaram às aulas nesta quinta-feira.
— Eu comecei a chorar pensando que eles não queriam deixar um ao outro — disse ele ao jornal “Kyunghyang Shinmun“ na ilha de Jindo nesta quinta-feira, perto de onde a embarcação naufragou na semana passada.
O pai do menino que ligou para o serviço de emergência antes mesmo que a tripulação emitisse um sinal de alerta acredita que seu corpo também foi encontrado, informou a guarda costeira. Os pais viram seu corpo e suas roupas, e concluiu que era de seu filho, mas o menino não foi formalmente identificado.
Das 476 pessoas que viajavam na balsa, apenas 174 puderam ser resgatadas, entre elas quase toda a tripulação, enquanto o número de mortos confirmados chegou nesta quinta-feira a 171. Outros 131 passageiros, a maioria adolescentes, permanecem desaparecidos — e já não há esperanças de encontrá-los vivos.
Durante a semana, flores e mensagens se acumularam fora dos portões da escola Danwon e ritos fúnebres ocorreram nas salas de aula, relatou a correspondente da BBC em Seul.
A balsa Sewol, pesando quase sete mil toneladas, afundou em uma viagem de rotina do porto de Incheon, perto de Seul, para a ilha de Jeju. As investigações estão focadas em erro humano e falha mecânica.

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