Operação Ave de Rapina cumpriu 16 mandados de prisão.
Grupo é suspeito de sequestrar traficantes e exigir resgate de R$ 300 mil.
O comandante do 17°BPM (Ilha do Governador) , no Rio, e outros 15
policiais militares foram presos numa ação da Subsecretaria de
Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança com o apoio do Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério
Público, na manhã desta quinta-feira (9). Ao todo, durante a Operação
Ave de Rapina, os agentes cumpriram 16 mandados de prisão e 43 de busca e
apreensão.
Segundo a secretaria, a partir das investigações da SSINTE foi
constatado o envolvimento de policiais militares lotados no 17º BPM
(Ilha do Governador) com o tráfico de drogas na Ilha do Governador.
Entre os presos está o atual comandante do batalhão, tenente-coronel
Dayzer Corpas Maciel, que segundo informações contidas no boletim
interno da PM, foi nomeado para assumir o CPE (Comando de Policiamento
Especializado). O 1º do batalhão, Vítor Mendes da Encarnação, também foi
capturado na operação.
Sequestro de traficantes
De acordo com nota do MP, os PMs presos também estão envolvidos no sequestro de dois grupos de traficantes na cidade, no dia 16 de maio deste ano. Um deles seria do Morro do Dendê, Ilha do Governador, e o outro grupo de criminosos comandaria o tráfico em comunidades de Senador Camará, Zona Oeste do Rio. Na ocasião, segundo nota, os policiais teriam exigido R$ 300 mil para a libertação dos traficantes.
De acordo com nota do MP, os PMs presos também estão envolvidos no sequestro de dois grupos de traficantes na cidade, no dia 16 de maio deste ano. Um deles seria do Morro do Dendê, Ilha do Governador, e o outro grupo de criminosos comandaria o tráfico em comunidades de Senador Camará, Zona Oeste do Rio. Na ocasião, segundo nota, os policiais teriam exigido R$ 300 mil para a libertação dos traficantes.
Os policiais receberam a informação de que traficantes armados sairiam
da Ilha, pela Estrada do Galeão, em um Ford Ecosport vermelho. Na altura
da cabine da PM da Base Aérea do Galeão, o veículo foi interceptado e
cinco traficantes foram abordados (André Cosmo Correa Vaz, Rodrigo da
Silva Alves, Evenílson Ferreira Pinto, Atileno Marques da Silva, o
Palermo, e Rogério Vale Mendonça, o Belo).
A ação dos policiais foi flagrada por uma câmera de segurança no local
da ocorrência. Com os traficantes foram localizados quatro fuzis, 18
granadas, três pistolas, oito carregadores e munição. Também foram
roubados cordões de ouro e relógios.
De acordo com a denúncia encaminhada à Auditoria de Justiça Militar
Estadual, ao chegar ao local da ocorrência, o 1° tenente Vítor Mendes
determinou a divisão de tarefas entre os policiais e decidiu que seriam
encaminhados à 37ª DP (Ilha do Governador) apenas três traficantes e um
fuzil. Na época, a prisão dos três e apreensão de um fuzil foram
registradas pela imprensa.
Os demais presos, Atileno Marques e Rogério Vale, que exerciam um papel de destaque na hierarquia do tráfico, foram levados para o bairro Itacolomi, ainda na Ilha do Governador, onde ocorreu a sequência da negociação. Os traficantes tiveram o resgate negociado com uma advogada e foram libertados sete horas após a prisão, mediante o pagamento de R$ 300 mil. Os policiais ainda venderam a traficantes do Morro do Dendê os três fuzis apreendidos, pelo valor de R$ 140 mil. O restante da apreensão foi dividido entre os PMs.
Os demais presos, Atileno Marques e Rogério Vale, que exerciam um papel de destaque na hierarquia do tráfico, foram levados para o bairro Itacolomi, ainda na Ilha do Governador, onde ocorreu a sequência da negociação. Os traficantes tiveram o resgate negociado com uma advogada e foram libertados sete horas após a prisão, mediante o pagamento de R$ 300 mil. Os policiais ainda venderam a traficantes do Morro do Dendê os três fuzis apreendidos, pelo valor de R$ 140 mil. O restante da apreensão foi dividido entre os PMs.
Ligação com chefe do tráfico
De acordo com as investigações, os policiais militares denunciados possuíam estreito laço com traficantes de drogas, em especial com o traficante Fernando Gomes de Freitas, conhecido como Fernandinho Guarabu, identificado como chefe de facção criminosa do Morro do Dendê.
De acordo com as investigações, os policiais militares denunciados possuíam estreito laço com traficantes de drogas, em especial com o traficante Fernando Gomes de Freitas, conhecido como Fernandinho Guarabu, identificado como chefe de facção criminosa do Morro do Dendê.
Segundo a secretaria, foi comprovado que na ocasião do sequestro tanto o
comandante do batalhão como o chefe do Serviço Reservado (P2) tiveram
ciência do ocorrido e se beneficiaram financeiramente com o feito, sendo
a quantia reservada ao comandante R$ 40 mil.
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