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terça-feira, 19 de maio de 2015

Dilma diz que corte no orçamento não será 'excessivo' nem 'flexível demais'

Governo tem até sexta (22) para anunciar valor do corte no Orçamento.
Para Dilma, valor será o necessário para contas públicas 'entrarem nos eixos'

Filipe Matoso Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (19) que o contingenciamento, nome técnico para o corte no Orçamento da União, não será "excessivo" nem "flexível demais".
O governo tem até a próxima sexta (22) para anunciar o valor do contingenciamento. O corte consiste em retardar ou inexecutar parte da programação de despesas previstas na Lei Orçamentária.

Nesta segunda (18), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o bloqueio deverá ficar entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. O tamanho do corte tem a ver com a tentativa do governo de reequilibrar as contas públicas e atingir a meta do superávit primário - economia feita para pagar juros da dívida pública -, fixada em 1,2% do PIB para este ano.
Em entrevista após se reunir com o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, a presidente declarou que o bloqueio será do tamanho “necessário” para garantir que as contas públicas “entrem nos eixos”.
“Nós faremos o contingenciamento necessário. Ele é um contingenciamento que tem de expressara  situação fiscal que o país vive. Será o contingenciamento necessário, vocês podem ter certeza. [O corte] não será nem excessivo, porque não tem porquê, e nem flexível demais, no sentido de ser frágil demais. Será aquele necessário para garantir que as contas públicas entrem nos eixos”, declarou a presidente
O Orçamento deste ano prevê receita líquida de R$ 1,2 trilhão (21,9% do PIB) e as despesas primárias totais – sem contar gastos com juros e amortização da dívida – são de R$ 1,1 trilhão (20,9% do PIB).
Divergências
A presidente Dilma tem feito reuniões com a equipe econômica do governo para definir o tamanho do corte. Dentro do próprio governo, há divergência sobre o valor que deverá ser bloqueado.
Aqueles que defendem um corte maior, alegam que a economia é necessária para equilibrar as contas publicas. Os defensores de um bloqueio menor temem que o contingenciamento excessivo possa paralisar programas e investimentos do governo.
Após reunião do conselho político no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (18), o líder do governista no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), afirmou que a cúpula do governo fará reuniões até a quinta para definir o valor do corte.
Segundo o Blog da Cristiana Lôbo, a reunião deste fim de semana evidenciou o embate entre o titular da Fazenda, Joaquim Levy, e o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em torno do tamanho da tesourada.
Levy se esforça para ampliar ao máximo o corte, enquanto que o ministro da área política tenta reduzir o contingenciamento.Inicialmente, Levy defendia um corte de R$ 80 bilhões, e Mercadante, R$ 60 bilhões.

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