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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Dilma discutirá pauta do Congresso com governadores nesta quinta

'Governabilidade' e 'responsabilidade fiscal' são dois dos temas da reunião.
Objetivo é obter apoio contra projetos que possam gerar novas despesas.

Laís Alegretti * Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff convidou os governadores de todos os estados para uma reunião na tarde desta quinta-feira (30), em Brasília.
O G1 consultou todos os governos estaduais. Dos 27 governadores, 26 confirmaram presença – o do Mato Grosso do Sul enviará o vice.
Também participarão do encontro o vice-presidente Michel Temer e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda).
O texto do convite enviado aos governadores, assinado pela própria presidente, informa que o tema do encontro é "governabilidade, responsabilidade fiscal e colaboração federativa".
A intenção é discutir a pauta de votações do Congresso Nacional no segundo semestre, segundo informou o Palácio do Planalto. De acordo com o Blog do Camarotti, a presidente também deve anunciar medidas que favorecem os governos estaduais.
Depois de um semestre de atritos com o Executivo e de duas semanas de recesso  Câmara e Senado retomam as atividades na próxima semana com a perspectiva de votação de projetos que contrariam o governo, as chamadas ‘pautas-bomba’.
Entre esses projetos estão os que estabelecem redução das desonerações na folha de pagamento de empresas, o aumento do índice de correção dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além de temas polêmicos como redução da maioridade e o financiamento privado de campanha.
A presidente buscará mostrar aos governadores o reflexo que essas "pautas-bomba" podem ter nos estados. A equipe de articulação política de Dilma quer sensibilizar os governadores e incentivá-los a convencer deputados e senadores aliados a atuar com “responsabilidade fiscal”, segundo apurou o G1.
Uma das principais preocupações do Planalto é com relação aos pedidos de reajuste salarial, em especial o dos servidores do Judiciário. A presidente vetou o reajuste, mas o veto ainda será analisado pelo Congresso Nacional. Segundo o governo, o projeto geraria impacto de R$ 25 bilhões nas contas públicas nos próximos quatro anos.
'Embate político'
Na última segunda-feira (27), após reunião de Dilma com os ministros que integram a coordenação política, o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) afirmou que o governo vai para o "embate político" nas votações no Congresso Nacional. ()
"Temos que agir agora para que tenhamos condições, politicamente, de fazer com que a base, que é numericamente muito vantajosa, se posicione de forma majoritária nessas votações. Vamos para o embate político", afirmou o ministro, na ocasião.
Durante a entrevista, Padilha já defendeu a ideia de que algumas "pautas-bomba" podem ter efeitos a serem "consumados por muito tempo", e não só no mandato da presidente Dilma Rousseff. "Queremos mostrar que a pauta-bomba não destrói o governo. Ela destrói é a expectativa positiva de todos os brasileiros", disse.

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