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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Moradores de ilhas esperam água do Guaíba baixar às margens de estrada

Volume segue caindo, mas previsão de mais chuva mantém alerta.
Prefeitura de Porto Alegre decretou situação de emergência no domingo.

Do G1 RS
Com a elevação do nível do Guaíba nos últimos dias, muitos moradores da Região das Ilhas seguem fora de casa na Região Metropolitana de Porto Alegre. Quem não foi para abrigos ou para a casa de parentes, passa os dias às margens da estrada esperando ajuda. Só bebem água potável com a chegada de caminhões pipa da prefeitura.

“Eu levo na moto ali pendurado, para três famílias”, disse o montador de andaimes Ademir Ribeiro de Lim ao carregar cerca de 30 litros de água que serão divididos em casa.
Os moradores dessas regiões mais afetadas pela cheia do Guaíba têm recebido ajuda de voluntários que vão a localidades como a Ilha dos Marinheiros de ônibus lotados com roupas, calçados, colchões e alimentos.

“Tem entrado gente generosa, que são filhos de Deus, que estão dando doação de comida”, agradeceu a aposentada Dorotília Ribeiro.
Segundo a defesa Civil de Porto Alegre, o último levantamento, realizado no domingo (18), são 550 pessoas desabrigadas na cidade, todas da região das ilhas. Dessas, metade está no Ginásio Tesourinha.

Para coletar os alimentos e roupas, pessoas como Ana Carla Brandão montam uma verdadeira rede de solidariedade com a ajuda de amigos. O trabalho que ela faz desde 2005 rende ao menos cinco doações de roupas, alimentos e brinquedos por ano para moradores das ilhas do Guaíba.
Elevação da água provocou cheia na Região das Ilhas (Foto: RBS TV/ Reprodução)

Elevação da água provocou cheia na Região das
Ilhas em Porto Alegre (Foto: Reprodução/RBS TV)
“Tudo o que a gente faz é para vir aqui trazer um pouquinho de alegria para eles. Tratamos eles como amigos. Então, é uma satisfação vir aqui”, afirmou Ana Carla.
Mas algumas famílias ainda sofrem. Um exemplo é o caso de Luciana Souza Garcia, mãe de seis filhos, com um sétimo a caminho. Por causa da enchente, o bebê que está para nascer ainda não tem o que vestir.
“Complicado, muito... Mas, fazer o quê? Essas coisas acontecem”, lamentou.

No sábado (17), o Guaíba teve a maior cheia dos últimos 74 anos com a medição de 2,94 m. Todas as comportas foram fechadas, sendo que uma delas foi reforçada com 150 sacos de areia porque a água estava chegando na Avenida Mauá.

A água baixou 13 centímetros no domingo (18) , mas ainda assim o prefeito de Porto Alegre decretou situação de emergência pela previsão de mais chuva no decorrer da semana.
O nível do lago segue baixando nesta segunda-feira (19), e os sacos de areia que foram colocados juntos ao muro da Mauá já foram retirados. A medição do sistema Metroclima, da prefeitura da capital, às 8h52, mostrava que o Guaíba estava com 2,71 m acima do nível normal.

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