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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Dilma e Temer devem participar nesta quarta de 1º evento juntos após carta

Vice enviou mensagem à presidente na qual apontou desconfiança dela.
Carta gerou mal-estar; eles anunciaram que manterão relação 'institucional'.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

A presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer, participam da cerimônia de lançamento do Ano Olímpico para o Turismo, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A presidente Dilma e o vice Michel Temer juntos, em
imagem de arquivo (Foto: Antonio Cruz/
Agência Brasil)
A presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer deverão participar nesta quarta-feira (16) de cerimônia no Clube do Exército, em Brasília, o primeiro evento juntos após o peemedebista enviar carta a ela na qual apontou desconfiança da petista em relação a ele.

Esta carta (leia aqui a íntegra), enviada no último dia 7, gerou mal-estar entre eles e intensa repercussão política em Brasília.

Somente dois dias depois do vazamento do conteúdo da carta – e após diversas conversas entre interlocutores da presidente e do vice –, Dilma e Temer se reuniram, por cerca de uma hora, no Palácio do Planalto.

O resultado da conversa entre eles foi o anúncio, por parte dos dois, de que a relação entre eles será "institucional" de agora em diante.

Conforme a agenda oficial, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social, Dilma participará em Brasília, às 12h30, da "Cerimônia de cumprimentos aos oficiais-generais", seguida de almoço. A assessoria de Temer informou que ele também comparecerá ao evento.

O desgaste na relação entre a presidente e o vice ocorre em meio à maior crise política vivida pelo governo desde que Dilma e Temer chegaram ao Palácio do Planalto, em 2011.

Além do processo de impeachment da petista autorizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governo vive as mais baixas taxas de popularidade – segundo pesquisa Ibope, 9% dos eleitores consideram a gestão "boa" ou "ótima", enquanto 70%, "ruim" ou "péssima".

Sobre o impeachment, a expectativa está em torno do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quarta, de ação movida pelo PC do B na qual a legenda questionou atos de Eduardo Cunha no processo, como o que autorizou, por votação secreta, a eleição de uma chapa avulsa, composta por deputados da oposição e dissidentes da base, para compor a comissão especial destinada a analisar o processo.

Encontro com Mujica
Além do evento ao lado de Temer, Dilma terá outras duas agendas nesta quarta. Ela participará no fim da tarde da cerimônia de abertura da 3ª Conferência Nacional de Juventude, no Estádio Nacional Mané Garrincha, e, à noite, a presidente receberá em seu gabinete o ex-presidente uruguaio José Mujica.

O último encontro entre eles ocorreu há cerca de dois meses, em São Paulo, durante congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ao longo deste ano, diante da crise política vivida pelo governo, Mujica passou a defender publicamente a petista e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em julho, por exemplo, em seu programa semanal de rádio "Hablando al Sur", Mujica declarou que há campanha "dura e frenética" por parte da "extrema direita" com o objetivo de "criminalizar" Dilma, Lula e o PT.

"Quero somar às reflexões algo que faz tempo que vem se passando no Brasil. Há mais de dois anos há uma dura, frenética e pensada campanha da extrema direita que busca criminalizar o PT, a senhora presidenta e Lula, em última instância", disse o ex-presidente uruguaio na ocasião.

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