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sábado, 30 de janeiro de 2016

Pesquisa busca melhorar geneticamente o abacaxi de Turiaçu

DIVULGAÇÃO/FAPEMA

  • O estudo vem sendo realizado há dois anos e está em fase final de avaliação.

Foto: Divulgação
SÃO LUÍS - O cultivo do abacaxi possui grande importância no Estado do Maranhão, sendo a principal fonte de renda de muitas famílias. O abacaxi produzido no município de Turiaçu, a 152 km da capital maranhense, tem grande destaque no mercado consumidor maranhense, principalmente pelo seu sabor diferenciado e sem acidez.
A variedade cultivada em Turiaçu tem origem desconhecida e é quase que exclusivamente cultivada neste município e entornos, com baixa tecnologia. O pesquisador Guilherme Barbosa de Abreu, graduado em Agronomia e doutor em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), desenvolve um projeto com o objetivo de verificar a variabilidade genética do abacaxi cultivado em Turiaçu e selecionar clones superiores.
Segundo Guilherme Barbosa de Abreu, ao chegar no Maranhão, a primeira viagem que fez a trabalho foi para Turiaçu, em um dia de campo realizado pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Chegando lá verifiquei que havia muita diferença nas plantas e abacaxis, só que em uma lavoura de produtor não é possível saber se essa diferença é causada por efeitos genéticos ou ambientais. Como sou pesquisador na área de melhoramento genético vegetal, resolvi submeter esse projeto à Fapema”, diz o pesquisador.
Primeiramente foi realizado a seleção visual em cinco propriedades no município de Turiaçu. Foram selecionados 200 frutos de abacaxi e realizadas as análises, físicas e químicas, e selecionados os 50 frutos com maior peso e mais doces. “Com esses resultados em mãos voltamos nos mesmos locais e coletamos mudas das plantas que produziram esses frutos. Essas mudas, dos frutos selecionados, foram plantados em um mesmo local, com delineamentos estatísticos pré-estabelecidos e receberam exatamente o mesmo manejo. Essa metodologia permite separar a variação genética e ambiental”, explica.
O estudo vem sendo realizado há dois anos e está em fase final de avaliação. De acordo com o pesquisador, com os resultados obtidos já se sabe que existe variabilidade genética em características importantes como: resistência à fusariose (uma das principais doenças do abacaxizeiro) e acidez, isso possibilita a seleção de plantas superiores.
“Os benefícios podem ser tanto para os produtores (uso de plantas com maior resistência à fusariose) e também para os consumidores (abacaxis com melhores características organolépticas). As plantas superiores selecionadas serão multiplicadas e futuramente poderão ser plantadas por produtores”, afirma Guilherme Barbosa de Abreu.

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