Eleição municipal em São Luís movimenta a Assembleia Legislativa

•  RONALDO ROCHA DA EDITORIA DE POLÍTICA
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• Edivaldo Holanda, pai do prefeito da capital, marcou posição política ontem; pré-candidato, Bira assume mandato na próxima semana e Andrea e Wellington criticam prefeito

Foto: Agências São Luís/Câmara/Klamt

A disputa política pelo comando da Prefeitura de São Luís tem movimentado a Assembleia Legislativa. O principal alvo dos debates é o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), que buscará a reeleição de seu mandato no mês de outubro. A tendência é de que, já nos próximos dias, as discussões se intensifiquem na Casa.

No Parlamento Estadual dois deputados têm se colocado como oposição ao prefeito pedetista. Wellington do Curso, pré-candidato a prefeito pelo PPS e Andrea Murad, pré-candidata do PMDB à disputa do Executivo.

Na defesa da administração municipal está o deputado Edivaldo Holanda Braga (PTC), pai do prefeito. Além de Wellington e de Andrea, Edivaldo terá de enfrentar, da tribuna, mais um adversário a partir de próxima semana. Trata-se do deputado licenciado, e atual secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Bira do Pindaré (PSB). O socialista reassume mandato nos próximos dias.

Posição - Na sessão parlamentar de ontem, o deputado Edivaldo Holanda marcou posição política em relação a disputa eleitoral. Ele utilizou a tribuna para falar de investimentos da Prefeitura de São Luís em serviços de iluminação pública, e na oportunidade, afirmou que passará a utilizar a o espaço diariamente para apresentar à população, o resultado das ações do Executivo Municipal nas mais diversas áreas.

“Senhor presidente e senhores deputados, a partir deste momento nós estaremos nesta tribuna todos os dias tratando das ações do prefeito Edivaldo Holanda Júnior aqui na cidade de São Luís”, enfatizou.

O posicionamento do petecista foi interpretado nos bastidores como uma espécie de resposta a Wellington do Curso e Andrea Murad. Isso porque ambos têm apontado falhas da administração de Edivaldo Júnior.

Na sessão da última segunda-feira, por exemplo, Andrea criticou duramente o prefeito da capital. Ela afirmou que o pedetista decepcionou a população e não construiu a mudança que ele havia prometido durante a campanha eleitoral de 2012. “As demandas que aguardam o próximo prefeito de São Luís são gigantescas e exigem uma autêntica revolução, tal é o estado da nossa capital. Uma revolução nas ideias, no método, nas soluções, uma revolução que mobilizem todos que querem acabar com o verdadeiro sequestro de que esta nossa cidade é vitima”, disse.

Wellington também tem criticado – semanalmente -, o prefeito de São Luís. “O prefeito Edivaldo Holanda Júnior já demonstrou que chegou ao comando do município despreparado para tal função. É lamentável o estado de abandono em que se encontra a nossa cidade”, disse, na semana passada.

A tendência, a partir de agora, é de que as discussões sejam mais acirradas, uma vez que o deputado Edivaldo já demonstrou disposição para contrapor os adversários do chefe do Executivo.

Mais

O primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), também já chegou a sair em defesa do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Nas últimas semanas, contudo, tem se reservado ao silêncio.

Bira do Pindaré teme filiação de Eliziane no PSB

O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Bira do Pindaré (PSB), demonstrou preocupação com uma eventual filiação da deputada federal Eliziane Gama (Rede) no Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Bira é pré-candidato a prefeito de São Luís pela legenda, por isso teme que a parlamentar, também pré-candidata a prefeita, acabe ocupando espaços na sigla e inviabilizando, desta forma, o seu projeto político.

Eliziane Gama analisa convite do senador Roberto Rocha (PSB) para filiar-se ao partido. A decisão deve ser tomada até o início da próxima semana. Apesar das discussões públicas sobre o tema, Gama tem evitado falar no assunto.

“Se for confirmada a ida da deputada para o PSB, irá para rifar um concorrente da disputa e não por estrutura partidária, pois assim fosse teria aceitado o convite do PSDB, que tem muito mais tempo de TV e estrutura partidária”, afirmou Bira do Pindaré em entrevista a um blog da capital.

Bira afirmou que caso Gama ingresso no partido, ele vai encarar o ato como uma traição política.

“Vai ser um gesto desleal comigo que tanto a ajudei nas eleições de 2012 quando ela foi candidata a prefeita. Seria uma desconsideração completa ela se filiar ao partido para tentar me eliminar da disputa. Ela defende a boa política, a nova política. Seria muito ingratidão”, finalizou.