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sábado, 5 de março de 2016

Mais de 130 mil dos imóveis no Maranhão não são vistoriados para combate ao Aedes aegypti


Imóveis estavam fechados ou o morador não permitiu a entrada do agente; 24 municípios não receberam qualquer tipo de assistência

Foto: Prefeitura de Jundiaí
SÃO LUÍS - Pouco mais de 130 mil imóveis localizados no Maranhão não foram vistoriados durante a primeira fase da mobilização nacional para o combate ao Aedes aegypti, que ocorreu entre os primeiros dias de janeiro e 29 de fevereiro. Segundo relatório do Ministério da Saúde, 24 municípios maranhenses não receberam assistência contra o mosquito.
De acordo com o boletim, dos 1.477.966 dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais do estado, 1.300.744 foram vistoriados em 193 municípios e 130.679 estavam fechados ou houve recusa. Os números fazem parte do balanço do primeiro ciclo divulgado pela Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento da Dengue, Chikungunya e Zika (SNCC). O segundo ciclo da mobilização começou em primeiro de março.
No país, a primeira fase alcançou 88,8% dos dimóveis. As equipes para identificação de focos e orientação da população sobre medidas de proteção ao vetor foram a 59,6 milhões de estabelecimentos. Do total de imóveis visitados, 48,2 milhões foram efetivamente vistoriados e 11,3 milhões estavam fechados ou houve recusa para o acesso. O segundo ciclo da mobilização começou em primeiro de março.

Nesse primeiro ciclo, as visitas contaram com a presença diária de cerca de 266 mil agentes comunitários de saúde e 46 mil agentes de controle de endemias, e com o apoio de militares. Houve ainda a realização de ações especiais, como a participação de 220 mil militares em 13 de fevereiro, e de 55 mil militares de 15 a 18 de fevereiro, além do Dia de Mobilização Nacional da Educação Zika Zero, realizada em 19 de fevereiro, nas escolas de todo o país em parceria com os estados e municípios, envolvendo 60 milhões de pessoas, entre estudantes, professores e servidores técnicos administrativos e da educação superior em todo o país.
Durante as visitas, 1,6 milhão de imóveis foram identificados com focos do mosquito, o que representa 3,36% do total de vistoriados. A meta é reduzir esse índice de infestação para menos de 1% de imóveis com foco.
Metas

Dez estados superaram as suas metas de visitação. Entre eles, Pernambuco foi a unidade que mais realizou idas a imóveis proporcionalmente, 187,2%, alcançando 5,3 milhões de estabelecimentos, além de 1,3 milhão de locais fechados ou com recusa de acesso. Rondônia vem logo atrás, com 166,3%, ou 789 mil. O estado contabilizou 56,2 mil imóveis fechados ou com recusa de acesso. Mato Grosso do Sul foi o terceiro em alcance percentual de imóveis, 121%, atingindo 1 milhão de unidades, com mais 231,5 mil fechadas ou com entradas impedidas.

Minas Gerais manteve-se na liderança dos estados com número absoluto de visitas. Durante esse primeiro ciclo, foram 7,9 milhões de locais com ingresso de equipes, com cumprimento de 110,8% da meta estadual. Depois, São Paulo aparece com 6,2 milhões de estabelecimentos vistoriados (38,3%), e 2,7 milhões de fechados ou recusados. Pernambuco foi o terceiro em números absolutos.

Municípios
Ao todo, 93% das cidades, ou seja, 5.164 dos 5.570 existentes em todos os estados do Brasil notificaram as visitas no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Os dados são gerenciados pela Sala Nacional com base nas informações transmitidas pelas salas estaduais, a partir da mobilização para realização de visitas pelos municípios.

A base de imóveis a serem visitados considera os dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualizado com informações de outras pesquisas periódicas do mesmo instituto de pesquisa. Verificou-se que vários municípios possuem quantitativo superior de imóveis, principalmente em municípios pequenos, novos e com empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida. Além disso, com a intensificação das ações de combate ao mosquito e a integração de vários agentes além dos órgãos de saúde, como Defesa Civil, bombeiros, policiais militares e voluntários, alguns municípios estão realizando e registrando no sistema mais de uma visita aos imóveis.

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