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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Escola pública em Raposa suspende aulas após assalto dentro de salas

Caso aconteceu na quarta-feira, dia 13, quando três criminosos invadiram o colégio e assaltaram os professores enquanto eles estavam nas salas de aula; polícia já está investigando o caso, mas até o momento ninguém foi preso

Bandidos usaram árvore que fica próximo a muro para invadir a escola durante o horário de aulas
Bandidos usaram árvore que fica próximo a muro para invadir a escola durante o horário de aulas (Foto: Biné Morais / O Estado)
Em pleno horário de funcionamento, uma escola é invadida por criminosos e os professores são assaltados, nas salas de aula, enquanto ministram conteúdo para seus alunos. A situação aconteceu na quarta-feira, dia 13, na Unidade Escolar São João, localizada em Raposa, Região Metropolitana de São Luís, e desde então o colégio está sem aulas.

Os três criminosos invadiram a escola por volta de 8h30. Eles escalaram uma árvore em um terreno baldio situado ao lado da escola e em seguida pularam para dentro da unidade de ensino. O muro baixo do colégio facilitou a invasão.
Terror
Um dos criminosos estava com uma arma de fogo e rendeu o vigia da unidade de ensino, que não estava armado. Em seguida, iniciou o assalto aos professores, juntamente com os outros bandidos.

Os professores estavam dentro das salas de aula quando foram surpreendidos pelos criminosos. Os docentes tiveram dinheiro, joias, celulares e outros objetos de valor levados pelos assaltantes. Nenhum material pertencente à unidade de ensino foi levado.

“Todos ficaram apavorados com a situação, inclusive as crianças e seus pais”, relatou Maria de Lourdes da Silva, gestora da unidade de ensino. Após o delito, os criminosos fugiram sem serem identificados.

Localizada na Rua São Bernardo, na Vila São João, em Raposa, a unidade de ensino funciona nos períodos matutino e vespertino e oferece ensino fundamental e educação infantil para 120 estudantes da região. A gestora da escola informou que a Prefeitura de Raposa já foi informada sobre o caso e está planejando o reinício das aulas.
Insegurança
Essa foi a primeira vez que a Unidade Escolar São João foi invadida por criminosos. No entanto, os moradores da região alegaram que há muito tempo convivem com a falta de segurança na região.

A comerciante Cleane de Jesus Costa tem um filho que estuda na Unidade Escolar São João e agora teme mandá-lo de novo para a escola por causa do assalto. Ela afirmou também que o seu comércio já foi alvo de criminosos no mês passado.

“Quando fui assaltada, eu liguei para a polícia, mas eles não vieram. Aqui não tem iluminação pública e asfalto. A verdade é que estamos todos abandonados. As professoras também não querem mais vir dar aula, com medo”, disse a comerciante.
Investigação
De acordo com o coronel Alexandre, comandante do 13º Batalhão de Polícia Militar (13º BPM), o Serviço de Inteligência (SI) já está em busca dos ladrões que invadiram a escola. Além disso, ela chamou atenção para a necessidade do reforço da vigilância nas escolas para impedir situações como a que aconteceu com a Unidade Escolar São João.

“A PM tem cumprido o seu papel fazendo o policiamento ostensivo e preventivo na região, mas cabem também aos gestores da escola atentar para essa situação dos vigilantes”, disse. Sobre a segurança na região, o comandante do 13º BPM disse que o policiamento na localidade é feito com duas viaturas, duas motocicletas e com o Grupo Tático Móvel (GTM) da 2ª Companhia (2ª CIA) de Paço do Lumiar, que é acionado todas as vezes que requer necessidade.

A Prefeitura de Raposa foi contatada, mas não se posicionou sobre o fato até o fechamento da edição impressa.
Número
120 é a quantidade
de alunos matriculados na escola
SOLIDARIEDADE
Sobre a invasão da escola, a Associação Representativa dos Servidores Municipais de São Luis, São José de Ribamar, Raposa, Paço do Lumiar, Rosário e Bacabeira (Asismu) e o Sindicato dos Servidores Municipais da Raposa (Sismu) divulgaram uma nota de solidariedade aos professores e servidores que trabalham na Unidade Escolar São João. A nota afirma que essa era uma realidade constante para os trabalhadores da educação em Raposa e para os estudantes, que são submetidos a uma rotina em que é gritante falta de segurança. De acordo com as entidades que divulgaram a nota, há casos de escolas que não têm cadeados e outras situações que mostram o descaso da atual gestão com a questão da segurança nas escolas da rede municipal de ensino.

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