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sábado, 21 de maio de 2016

Estudo mostra dificuldades de tráfego das linhas de ônibus em SL

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Na Cidade Olímpica, foi identificado piso inadequado para tráfego de coletivos, como asfalto com afundamentos, crateras com bordas cortantes e trechos onde a pavimentação não existe; avenida 1 não tem sinalização horizontal ou semáforo

Estudo mostra dificuldades de tráfego das linhas de ônibus em SL
Via de mão dupla na Cidade Olímpica não pode receber biarticulados (Foto: Observatório do Trânsito)
Para que os ônibus possam circular com determinada frequência em dado trecho, é preciso que a autoridade de transporte tenha o planejamento adequado do trecho de circulação, ofertando frota adequada à demanda de passageiros ao longo do dia, com especial reforço nos períodos de pi­co. O intervalo entre os coletivos dependerá do tamanho do trecho e do número de veículos disponíveis. Admite-se um intervalo de até 15 minutos em sistemas planejados. Mas em São Luís não é bem assim que acontece, e um estudo comprova essa realidade.

Francisco Soares, coordenador do Observatório do Trânsito, da Fundação Professor Odilon Soares (FOS), realizou um estudo fotográfico e interpretativo das condições de trânsito da linha Cidade Olímpica, que está incluída no lote 3 do edital de licitação.

A linha tem início na Avenida 1 do bairro, com aproximadamente 2,5 quilômetros de extensão, e no trecho que segue até a Avenida 4, no Jardim America, foi identificado piso inadequado para o tráfego de ônibus e até mesmo pequenos veículos e motocicletas. “Nesse trecho, identificamos que o asfalto tem afundamentos, crateras com bordas cortantes e trechos onde a pavimentação não existe. A avenida também não tem sinalização horizontal e semáforo”, informa.

No trajeto, os coletivos disputam espaço do leito estradal com feirantes e pedestres que tentam fugir das “línguas negras” de esgoto que correm a céu aber­to. A via é cortada por conjuntos irregulares de quebra-mola, com mais de 30 centímetros de altura, quando o correto seria no máxi­mo 10 centímetros, e linhas de tachões, proibidos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Vias inapropriadas
Quando chegam à Avenida 4, os coletivos enfrentam quase 900 metros de vias inapropriadas repletas de crateras de bordas cortantes e bueiros com tampa elevada, que geram alagamento superficial pela ineficiência da macrodrenagem, constata o mapeamento feito por Francisco Soares. Assim como acontece na Avenida 1, da Cidade Olímpica, os ônibus também disputam espaço com feirantes, pedestres e até uma árvore, que invade o leito estradal, na Avenida 4, do Jardim América. Nesse trecho, existe apenas uma faixa de pedestre, que fica em frente a uma unidade de ensino.

Quando o veículo chega à Avenida Arterial Este Externa, na Cidade Operária, quem tem mais de um quilômetro de extensão, as dificuldades permanecem. É que a via é de mão dupla, mas não tem sinalização horizontal ou vertical, além de ser repleta de crateras de borda cortante e afundamentos no piso na faixa de rodagens dos pneus dos coletivos.

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