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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Representantes da cultura ocupam sede do Iphan no Maranhão

Ato público segue orientação nacional e é motivado pela medida do Governo Federal, que transformou o Ministério da Cultura em secretaria-executiva


Foto: Thiago Bastos
Membros de entidades culturais ocuparam, no início da noite de ontem, a sede da Superintendência do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão (situada na Rua do Giz, em São Luís). O ato seguiu orientação nacional e foi motivado, de acordo com os organizadores, pela medida recente do Governo Federal que transformou o Ministério da Cultura em secretaria-executiva.
Além do Maranhão, outros 17 estados do país tiveram atos semelhantes. De acordo com os organizadores, a ocupação ocorrerá por tempo indeterminado, até que medidas sejam tomadas pela União para defesa do Ministério da Cultura. Em São Luís, no início da noite de ontem, membros locais do Conselho Nacional de Cultura, do Fórum Maranhense de Artes Cênicas e artistas estiveram à frente do movimento.
De acordo com a representante local do Conselho Nacional de Cultura, Simei Dantas, a insatisfação da classe artística maranhense provocou o protesto. “ Lamentamos esta medida arbitraria do Governo [Federal], que não ouviu a classe de artistas e impôs uma atitude como esta, de claro prejuízo para o país”, disse.
Movimento
Ainda segundo ela, outros representantes de entidades culturais do estado deverão se integrar ao movimento a partir de hoje. “ Caso se confirme, deveremos ter uma agregação ainda maior ao ato, que se trata de uma atitude que simboliza a revolta dos artistas maranhenses”, disse Simei Dantas.
A professora de teatro e artista, Michelle Dantas, se uniu ao ato. “ Por convicção ideológica, vejo como um retrocesso a medida do Governo Federal em extinguir uma pasta de suma importância para o país. E com a desculpa de que isto será benéfico, o que é pior”, afirmou.
O Governo Federal, além de anunciar no início da noite de ontem o nome de Marcelo Calero para assumir o cargo na secretaria-executiva de Cultura, também informou que haverá “crescimento real” no investimento do setor, a partir de 2017. Além disso, também deverão ser acertados valores que o governo ainda possui com produtores culturais.

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