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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Em Brasília, Dino pede ajuda a ministro e projeta possível ausência de serviços básicos no estado

Governadores do Nordeste se reuniram com Henrique Meirelles para pedir compensação após perdas no orçamento
Flávio Dino falou também sobre a maior crise enconômica do século XXI
Flávio Dino falou também sobre a "maior crise enconômica do século XXI" (Foto: Arquivo)
SÃO LUÍS – O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) participou, nesta quinta-feira (7), de uma reunião, em Brasília, com o ministro da fazenda, Henrique Meirelles, junto com outros governadores de estados do Nordeste. Os gestores, segundo informações da Agência Brasil, pediram uma compensação de, no mínimo, R$ 14,3 bilhões do governo federal por perdas no Fundo de Participação dos Estados (FPE), provocadas por desonerações fiscais. O governador maranhense falou em “maior crise econômica do século XXI”, pediu “compensação” e projetou possível ausência de serviços básicos.
O encontro com os governadores ocorreu pouco antes de uma reunião de Meirelles com o presidente interino, Michel Temer, para fechar o tamanho do déficit para a meta fiscal de 2017, a ser anunciada hoje pelo governo. Ao ministro, os governadores rebateram os argumentos fiscais como empecilho para a ajuda aos estados nordestinos.
“Já nos basta a maior crise econômica do século XXI e já nos basta uma crise política monumental. Temos agora que evitar uma crise federativa, porque, na medida em que os estados não puderem mais prover serviços básicos, é claro que nós vamos ter consequências muito severas”, disse o governador do Maranhão, Flávio Dino, ao sair do Ministério da Fazenda.
O valor de R$ 14,3 bilhões é o que os estados do Nordeste calculam perder até o fim do ano no FPE por causa de desonerações de IPI e Imposto de Renda, e é o valor mínimo que pleiteiam. Eles pedem também que seja flexibilizado o limite para que os estados possam contrair empréstimos.
Segundo os governadores, Meirelles não negou ou confirmou a ajuda, assumindo o compromisso apenas de apresentar uma contraproposta, embora sem prazo para tal.
Renegociação das dívidas
Os governadores negaram que tenham exercido influência sobre a bancada do Nordeste na Câmara, que ontem teve grande peso para recusar a urgência da renegociação da dívida dos estados, contribuindo com 37 votos contra e uma abstenção. Foi a primeira derrota do governo interino, que negociou o alongamento da dívida dos estados diretamente com todos os governadores.
A renegociação das dívidas dos estados foi um dos argumentos dos governadores nordestinos para arrancar uma ajuda emergencial do governo federal.
“Com o alongamento da dívida que foi feito e foi anunciado pelo presidente Michel Temer, os estados do Nordeste foram menos beneficiados. Como a diretriz deve ser sempre corrigir as desigualdades regionais, é justo imaginar que os estados que se beneficiam menos com o alongamento possam ter uma compensação a mais em outro tema”, afirmou Flávio Dino.

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