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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Dilma vai depor hoje em processo de impeachment

Presidente da República afastada foi intimada na semana passada pelo ministro Ricardo Lewandowiski, presidente do STF e que conduz o julgamento no Senado

Foto: Divulgação
BRASÍLIA – A presidente da República afastada, Dilma Rousseff (PT), prestará depoimento hoje no Senado da República, em defesa própria, no processo de impeachment que está em fase de julgamento.
A petista terá 30 minutos para fazer o seu pronunciamento, tempo que poderá ser estendido a critério do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que é quem comanda os trabalhos na Casa.
Logo após fazer o seu pronunciamento, Dilma passará a ser questionada pelo senadores, que terão 5 minutos, cada, para fazer perguntas em relação as acusações que que constam nos autos do processo de impeachment, mas ela terá a liberdade para escolher quais perguntas responder.
Depois das respostas da presidente, acusação e defesa poderão utilizar a prerrogativa de réplica e tréplica.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhará a sessão de depoimento de Dilma no Senado Federal.
Julgamento - O julgamento que analisa se Dilma cometeu crime de responsabilidade foi aberto na última quinta pelo presidente do Supremo. A previsão é de que se estenda até a madrugada do dia 31 deste mês.
O mandado de intimação foi entregue em mãos a Dilma, às 17h25 do mesmo dia, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. A petista assinou o documento confirmando o recebimento.
Na semana que antecedeu o início do julgamento, a assessoria da presidente confirmou que ela pretendia ir ao Senado para se defender no julgamento que pode destitui-la do comando do Palácio do Planalto.
Na semana passada, aliados da presidente afastada apresentaram 10 pedidos para tentar suspender, anular ou retirar trechos da acusação contra Dilma Rousseff. Lewandowski, no entanto, rejeitou todas as questões de ordem.
Ao longo das primeiras quatro horas do julgamento, ainda na quinta-feira (25) senadores que integram a base aliada de Temer bateram boca com aliados de Dilma. Em um dos episódios mais tensos da sessão, os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lindbergh Farias (PT-RJ) trocaram duras acusações, gerando uma discussão generalizada no plenário do Senado.
Após realizarem um intervalo para o almoço, os senadores retomaram o julgamento no início da tarde do mesmo dia. Nesta etapa, teve início a tomada de depoimentos das testemunhas arroladas no processo pela defesa e pela acusação.
Indicado pelos autores do pedido de impeachment, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), passou da condição de testemunha de acusação para a de informante no julgamento do impeachment.
A decisão foi tomada por Lewandowski em resposta a um questionamento do advogado de Dilma, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. O defensor citou a participação de Oliveira em um ato que defendia a rejeição das contas da presidente afastada.
A expectativa é de que a sessão de hoje seja tensa.
Mais
A relação da acusação contra a presidente Dilma Rousseff (PT), com 30 nomes para acompanhar hoje o depoimento da petista. Dentre os nomes, estão Maria Lucia Pereira Wilken Bicudo, filha do jurista Hélio Bicudo, um dos autores do pedido de impeachment ao lado de Janaína Pascoal e do advogado Miguel Reale Júnior. Também estão convidados Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre (MBL), Rogério Chequer, do Vem pra Rua, e Carla Zambelli, porta-voz do NasRuas.

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