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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Grandes filas marcam funcionamento de bancos antes da greve

  • Hoje os bancários iniciam uma paralisação em todo o país, reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho; em São Luís, categoria deve fazer atos públicos no Centro

Bancos ficam fechados a partir de hoje
Bancos ficam fechados a partir de hoje (Foto: Flora Dolores / O ESTADO)
Grandes filas. Foi isso o que os clientes encontraram ontem quando se dirigiram para as agências bancárias em São Luís, um dia antes dos bancários iniciarem greve. Hoje a categoria começa uma paralisação por tempo indeterminado, reivindicando melhores condições de salário e trabalho.
Nas agências bancarias do centro da cidade, a movimentação de clientes foi grande durante todo o dia de ontem. Muitos queriam aproveitar o último dia antes da greve para realizar transações bancárias. As agências estarão fechadas amanhã e quinta-feira por causa do feriado da Independência,7, e aniversário de São Luís,8.
A paralisação dos bancários começa hoje em todo o país. Em São Luís, a decisão de participar do movimento foi tomada durante uma assembleia realizada pela categoria na noite de quinta-feira, 1º, na sede do sindicato da categoria, na Rua do Sol), e o manifesto segue um movimento nacional.
Na capital maranhense, os bancários estão planejando para a manhã de hoje atos públicos nas praças Deodoro e Dom Pedro II, no centro da cidade. O manifesto está sendo organizado pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Maranhão (Seeb/MA).
Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
Os bancários entregaram a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. Já foram discutidos os temas emprego, saúde, segurança e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e remuneração. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, são cerca de 512 mil bancários.
A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi de reajuste de 6,5% mais R$ 3 mil de abono para os trabalhadores. O Comando Nacional dos Bancários diz que essa proposta representa perda real de 2,8% (ao se descontar a inflação de 9,57%).
Os funcionários dos Correios também planejam deflagrar uma greve nos próximos dias. Hoje, a categoria fará uma avaliação das propostas oferecidas pelo sindicato patronal e no dia 14 poderá iniciar uma paralisação.
Caixas eletrônicos
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
Mais
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.

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