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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Mudança na segurança é reflexo da crise, diz coligação de policiais do RJ

Falta de recursos e desestrutura da polícia atrapalham o trabalho de policiais.
'Segurança Pública é um serviço caro', disse Renan Mello.

Do G1 Rio

O diretor da coligação dos Policiais Civis, Renan Mello, falou, em entrevista ao Bom Dia Rio desta quinta-feira (13), sobre a mudança na chefia de Polícia Civil e de Segurança Pública no estado. Para ele, essas mudanças são um reflexo da crise do estado e da falta de recursos para a estrutura da polícia.
“Essa mudança da cúpula de Segurança Pública do Rio é um reflexo do desaparelhamento da política de segurança pública, da desestrutura da política de segurança pública, que já vem com uma constância há muito tempo", disse Renan Mello.
Segundo Renan Mello, o recurso que foi repassado para a Segurança Pública para "manter uma aparência" durante os Jogos Olímpicos, acabou e agora há uma dificuldade de manter a sensação se segurança no Rio de Janeiro.

“A gente entende que isso, nada mais é, do que um reflexo de uma política que vem se deteriorando ao longo dos anos. A polícia é uma estrutura cara. Segurança Pública é um serviço caro e nós não estamos conseguindo ter o investimento, nem a estrutura necessária pra manter a segurança em uma cidade como o Rio de Janeiro", explicou o diretor da coligação de Policiais Civis.
Renan também elogiou o trabalho do secretário José Mariano Beltrame durante os 10 anos na pasta e disse que a crise econômica está "assolando a política de segurança".
Novo secretário escolherá chefe da Polícia Civil do RJ; veja os cotados
Com saída de Fernando Veloso, caberá ao novo secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá, a escolha do novo chefe de Polícia Civil. De acordo com informações do RJTV, exibidas nesta quarta-feira (12), quatro nomes estão cotados.
Entre eles, estão o subchefe operacional, Fernando Albuquerque, o diretor da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa; o chefe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Rodrigo Oliveira, e o diretor do Departamento de Polícia Especializada, Ronaldo Oliveira.
As mudanças na cúpula da segurança do Rio acontecem num momento delicado, durante uma das maiores crises financeiras do estado.
Segundo o RJTV, Roberto Sá já pediu ao comandante geral da Polícia Militar (PM), coronel Edson Duarte, que não peça demissão antes de uma reunião, que vai acontecer nos próximos dias.
Pezão promete autonomia
O governador licenciado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse ao RJTV desta que o novo secretário terá autonomia e garantiu também que o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora vai continuar. Sá substitui José Mariano Beltrame, que apontou o projeto nas comunidades como o mais importante ao longo de quase 10 anos dele no cargo.
O governador licenciado disse ainda que não vai medir esforços para ampliar as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e que um dos avanços no governo de Sérgio Cabral foi a "despolitização da secretaria de Segurança". Pezão também elogiou o novo titular da pasta.

"Ele foi o braço direito do Beltrame, fazia a interface das polícias. Conhece como poucos, foi da PM, foi do Bope, é Policial Federal e formado em Direito na PUC. Conhece a Segurança Pública como ninguém"
Pagamento de servidores
Pezão disse que "todo mês está sendo uma luta muito grande" e afirmou que vai tentar honrar com os pagamentos até o fim do mês.
"Tem uma série de medidas que vamos tomar até outubro e esperamos estar viabilizando esses pagamentos". Em entrevista ao RJTV nesta terça-feira (11) o secretário José Mariano Beltrame, citou um temor sobre o pagamento dos salários.

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